11.7.08

ecological reminder II


Na generalidade, o processo de esvaziar é mais interessante que o procurar estratégias de ocupação dos vazios urbanos. A riqueza do acto em si e a manifestação do vazio acarreta multiplicidades imensas e fomenta a reacção e o reposicionamento do quotidiano na cidade imaginada. Estes «não-monumentos» reformulam subitamente as leis do presente e exigem rapidamente um novo discurso espacial e temporal. Após a perturbação, a permanência destes vazios adquirem uma presença vaga que aglomera o múltiplo. São espaços em dobra, indefinidos, que estão sujeitos a serem apreendidos, ocupados, e usurpados por todos. É talvez o território mais livre e simultaneamente mais político. (...) Quem se aproximou (...) testemunhou a presença de estranhos odores, ruídos e tremores de terra e ouve-se um marejar contínuo de um ribeiro subterrâneo.
(http://overdete.blogspot.com/2007/03/vazio-urbano.html)

1 comment:

pedro said...

Alexandre, obrigado pelo link! Foi uma boa novidade descobrir-te por aqui. Abraços e até breve.

pedro